Compliance

Devemos evitar situações em que os nossos interesses pessoais possam entrar em conflito com os interesses da ANDARAGUÁ. Até a ilusão de um conflito pode manchar a reputação da ANDARAGUÁ – bem como a sua. A chave para lidar com quaisquer potenciais conflitos é a sinceridade absoluta. Isso permite que a situação possa ser adequadamente investigada. Como consequência, pode acontecer que algo que, à primeira vista, parecesse ser um problema, não seja minimamente prejudicial para a Empresa. Contudo, apenas a sinceridade absoluta sobre todos os fatos pode dar essa garantia a todos os envolvidos – e a capacidade de transmitir essa confiança aos outros.

Espera-se que:

P: Uma das minhas colegas tem uma prima que começou a trabalhar conosco e uma amiga minha da escola começou agora a trabalhar comigo. Tenho um certo receio de que as pessoas possam pensar que existe aqui um conflito de interesses. Estas políticas só se aplicam à família mais próxima – ou cobrem também estas situações?

R: A resposta é simples: se a relação é tão próxima que pode influenciar a sua objetividade, deve então aplicar esta política e pedir orientação. O fato de um familiar de alguém ou um amigo se encontrar a trabalhar para a ANDARAGUÁ não é relevante para o seu valor como candidato a uma função na Empresa. Contudo, serão desenvolvidos todos os esforços para se assegurar que o salário e a avaliação do desempenho estejam dependentes de uma pessoa independente e para que estas situações sejam monitorizadas continuamente a fim de se garantir objetividade e justiça para todos.

P: Estou muito impressionado com a qualidade do trabalho de um fornecedor em particular da ANDARAGUÁ e, por isso, gostaria de investir na empresa. Existe aqui um conflito de interesses?

R: Apesar de o seu envolvimento ser apenas financeiro, pode haver um conflito de interesses dependendo do seu cargo na ANDARAGUÁ, da sua influência nas decisões de compra, no montante do seu investimento e na importância da ANDARAGUÁ enquanto cliente para a empresa envolvida. A única forma de saber se é aceitável é revelá-lo à sua gestão ou Diretor de Recursos Humanos e discutir abertamente a questão.

P: O meu filho é proprietário de um bom hotel local que é utilizado para almoços e eventos por muitas empresas da região. Seria uma escolha óbvia para o nosso evento. Visto que é uma boa escolha em termos de qualidade e preço em relação às outras opções, há algo que me impeça de fazer uma reserva?

R: Dado o preço competitivo e a popularidade do local, pode ser aceitável que a Empresa venha a realizar aí eventos. Contudo, não seria correto se tivesse poder de decisão na matéria, visto que existe aqui um óbvio conflito de interesses. Tal como em todos os casos em que um familiar próximo trabalha para um fornecedor atual ou potencial ou outro parceiro de negócios, deve revelar este fato à sua hierarquia. Ele ou ela poderão então tomar as medidas necessárias para evitar que fique em uma posição desconfortável.

P: No meu tempo livre, sou Vice-Presidente de uma Associação Nacional. Exerço este cargo há muitos anos. Tomei conhecimento recentemente de que a Associação pretende exercer uma pressão no sentido de alterar uma lei, o que pode vir a causar problemas à ANDARAGUÁ. O que devo fazer?

R: A ANDARAGUÁ respeitará a privacidade dos seus colaboradores e irá encarar positivamente a contribuição destes para a sociedade, através de associações ou obras de caridade. Contudo, deve revelar a sua qualidade de membro ou o seu envolvimento neste tipo de organizações à sua hierarquia sempre que sentir que há um conflito ou potencial conflito com os interesses da ANDARAGUÁ. O seu gestor ou Diretor de Recursos Humanos poderá orientá-lo quanto à ação adequada. Neste caso, seria aconselhável revelar a sua situação aos seus colegas da Associação, explicando-lhes o conflito de interesses e terminando qualquer envolvimento que possa ter nessa campanha de pressão em particular.

P: A minha mulher trabalha para um dos concorrentes da ANDARAGUÁ. Em casa, não falamos de trabalho e não vejo como a vida profissional da minha mulher possa ser do interesse da Empresa. Ainda assim, alguns dos meus colegas sugeriram que estou numa situação comprometedora. O que devo fazer?

R: Isto pode criar a ilusão de um conflito de interesse. Para se proteger, bem como à Empresa, deve revelar esse fato à sua gestão ou Diretor de Recursos Humanos. Além disso, deve continuar a evitar falar de trabalho com a sua mulher e tomar medidas para assegurar a proteção da confidencialidade e da informação exclusiva de ambas as empresas.

P: Um membro da minha equipe mantém um relacionamento com a sua secretária há alguns meses. Foram muito discretos no local de trabalho, mas, ainda assim, as pessoas descobriram. Oficialmente, eu não deveria ter conhecimento. A situação desencadeou todo o tipo de boatos e podemos dizer que algumas das secretárias não estão muito contentes. Obviamente, tenho estado atento para garantir que não há indícios de favoritismo - mas e se separarem e a situação se tornar desagradável? Devo fazer algo em relação a isso, e, se sim, o quê?

R: Esta é uma situação muito delicada. Na ANDARAGUÁ, respeitaremos a vida privada dos nossos colaboradores e, assim sendo, não precisaremos nem queremos ter conhecimento das suas relações românticas. Contudo, temos interesse nas suas relações profissionais. A situação que descreve não é apropriada porque existe um conflito de interesses. Não se pode esperar que um gestor avalie objetivamente um seu subordinado se existe um envolvimento romântico. Deve consultar o seu Diretor de Recursos Humanos para discutir como lidar com a situação. O ideal seria que um dos colaboradores mudasse de emprego e fossem feitos esforços para que isto fosse feito eficazmente, mas com sensibilidade. Dependendo dos fatos e das circunstâncias, poderá haver aqui também uma situação de assédio sexual.

Atenção: Se se encontrar perante um problema que envolve conflito de interesses, não o guarde para si. Obterá ajuda e apoio ao discutir o assunto com a sua gestão ou com o seu Diretor de Recursos Humanos (consultar também o capítulo sobre “Conversa Aberta”).